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maria dOlOres sOsin rOdriguez

MARIA DOLORES SOSIN RODRIGUEZ

COREOGRAFIAS DO PENSAMENTO

diaspÓra, fabulaçãO e fOrja


A memória e o movimento, aqui transcritos enquanto relatos pessoais e coreografias, atuam como metodologias para refletir sobre o papel do corpo na produção do conhecimento em sentido amplo: teórico-artístico-científico. A partir de três ensaios coreográficos e um primeiro movimento, experiências de racialização são analisadas levando-se em consideração as relações entre dança, palavra e literatura, assim como as relações com outras artes.

As dimensões da socialização racial, levando-se em consideração variados espaços de trânsito, mais notadamente os espaços da família, da universidade e da arte, são pensadas no sentido de buscar interpretações para o trauma, para a outridade e para o que é chamado de produção de conhecimento incorporado.

Editora
Segundo Selo

Revisão Textual
Alex Simões

Capa e Projeto Gráfico
Dilton de Almeida

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Este é um livro de deslocamentos. Um livro que parte de movências e nos convoca também ao movimento, de corpo inteiro. Ao abordar a teoria do pensamento a partir de um referencial do campo da dança, nele, a autora Maria Dolores Sosin Rodriguez dá a ver, em performance, o exercício coreográfico de uma acurada e inventiva construção epistêmica. O corpo da autora, um corpo de uma mulher negra em diáspora, se inscreve no texto e desafia as muitas “portas do não retorno” que cintilam em sua consciência

Trata-se de uma pesquisa que está voltada para um território de criação: fabulação crítica. Não se trata de uma pesquisa bibliográfica apenas, nem de uma pesquisa documental pontual, tampouco de um estudo de representação no terreno da literatura e da cultura. É, de fato, a confluência de todas essas operações de pesquisa para um investimento de fabulação, capaz de retomar apagamentos históricos que produziram adoecimentos mentais e impactos coletivos na saúde das populações negras. Como uma obra que lida com o arquivo negro-diaspórico e o aciona a partir do lugar do que chama de coreografias de pensamento, defendo que esta é uma agenda urgente, inclusive como política de saúde mental, para não deixar de falar do universo de renovação teórica, metodológica, crítica e pós-disciplinar [...] Por fim, é importante asseverar que a obra é de amplo interesse para transformação das práticas de ensino de língua, literatura e cultura, tanto para formação de professor como na prática docente no ensino de linguagens

COREOGRAFIAS DO PENSAMENTO: DIÁSPORA, FABULAÇÃO E FORJA, de Maria Dolores Sosin Rodriguez, nos entrega em mãos um convite ao risco do conhecimento de si, de ser, que é ao fundo a coragem de saber e de não saber, uma forma/ forjada como alegoria de si, de nós, das individualidades em trânsito, forja da natureza, de um eu coletivo, de uma coletividade plural e que acentua esse desenho na distribuição do texto, na ousadia dimensional das imagens, que desafiam certos parâmetros científicos, na sua modelagem, que se assoma a meias páginas, páginas inteiras, que recortam e rejuntam as palavras em plasticidade textual, de várias linguagens, inclusive em sons, sons dos silêncios e das falas, em intersecções. Há intenções místicas e míticas, estando a prevalência do vermelho no fogo da forja, arrodeado pelo tom branco, que nos assegura esse processo está no gerúndio da existência: se forjando, se refazendo, se constituindo

Eis um texto que dança! O ritmo é forte, bem marcado e habita águas profundas da memória. Nesse ritmo, Dolores Rodriguez coreografa pensamentos, trançando referências, pessoas, cheiros e gestos que as trouxeram até aqui. Há melancolia, há gozo, há gritos eloquentes, há silêncios... Sim, porque é um texto que dança com um corpo-autora que se entrega, que, na tentativa de compreender o que sente, quem é, ela dialoga com muitos outros corpos-corpora e nos surpreende com uma dança ora triste, ora frenética, ora aguerrida, ora silenciosa (não mais silenciada). O ritmo, no entanto, é sempre cadenciado, sóbrio e, ao nos convidar a dançar, faz-se suave. O texto de Maria Dolores Rodriguez nos embala e nos faz dançar a partir de três coreografias. Em cada coreografia dança uma intelectual exuberante, ética e teoricamente incansável. É uma coreógrafa articulando teorias em prosa, em poesia, com imagens, com sons e, juntos, fazem o texto dançar

A autora

maria dOlOres
sOsin rOdriguez

Maria Dolores Sosin Rodriguez é poeta, artista visual, crítica literária e cultural e pesquisadora. Professora de Literatura vinculada ao Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Doutora e mestra em Teorias e Críticas da Literatura e da Cultura (UFBA). É autora dos livros "Procurem Luisa no Mercado de Arte Popular" (Estúdio Arumã, 2021), "Oblíqua Glosa" (Organismo Editora, 2023) e "Procurem Luisa" (Segundo Selo, 2024).

OutrOs TítulOs

"Procurem Luisa no mercado de arte popular" (2021)

"Procurem Luisa" (2024)

"Obliqua Glosa" (2023)